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Em Mato Grosso do Sul, conflito de índios e produtores vai custar R$ 100 milhões

Após pedirem R$ 150 milhões no ano passado, ruralistas dizem entregar terras por R$ 97,5 milhões

(Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado)

Depois de pedirem R$ 150 milhões pelas fazendas localizadas na região da Terra Indígena Buriti, nos municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, produtores podem vender as terras por menos de R$ 100 milhões.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Francisco Maia, diz que os produtores podem fechar a negociação com o governo federal, caso a proposta inicial, no valor de R$ 78 milhões, seja reajustada em 25%. Ou seja, a paz naquela região onde o índio Oziel Gabriel foi assassinado em maio do ano passado custaria R$ 97,5 milhões.

“A princípio, acho que já se chegou a um valor. Agora, tem de fazer ajustes. Tem de ter um ajuste de uns 25% para melhorar. São 31 propriedades diferentes uma das outras. A terra nua pode pagar como padrão. Já as benfeitorias são caso a caso”, afirma Maia. 

Antes de sentarem para a última reunião com o Ministério da Justiça, no início deste mês, os produtores pediam R$ 150 milhões pelas terras pleiteadas por indígenas. A proposta feita pelo governo de praticamente metade do valor pedido caiu como um balde de água fria.

Ainda assim, o ministério se comprometeu a encaminhar aos produtores rurais todo o estudo feito pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que eles o estudassem e apresentassem uma contraproposta. 

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