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Perita terá que explicar à Justiça divergências em laudo de menino morto em fazenda

Ministério Público encontrou contradições no resultado apresentado pela perita

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Divulgação 

Perita médico-legista terá que prestar esclarecimentos à justiça por supostas divergências no laudo necroscópico do menino Luiz Otávio Santana de Lima, de apenas 11 anos, assassinado com um tiro em fazenda em Sidrolândia. Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, de 23 anos, foi denunciado por homicídio doloso.

Possíveis contradições no exame foram apontadas pelo Ministério Público que solicitou ao juiz do caso que os dados fossem corrigidos, a fim de evitar compreensão equivocada dos fatos. Conforme relatado, foi constatada ferida de 0,5 centímetro de diâmetro que caracteriza entrada de projétil de arma de fogo, localizada na região esquerda das cotas. No esquema tal ferimento é denominado “P1”.

Conforme o MPMS, fotografia comprova que o orifício de entrada do projétil se deu do lado esquerdo. “No entanto, o Esquema das Lesões aponta como orifício de entrada o lado direito. Outrossim, foi utilizado o termo P2 para o orifício de saída da P1. Tal denominação deve ser revista, pois pode levar à conclusão equivocada de que houve um segundo projétil”, afirma o MPMS no pedido.

Por sua vez, o juiz Cláudio Müller Pareja, intimou a perita para que prestasse esclarecimentos acerca das divergências. O despacho é do dia 13 de agosto, com prazo de cinco dias úteis, no entanto, ainda não há manifestação da perícia nos autos do processo.

Denúncia

Ivan foi denunciado pelo homicídio ocorrido no dia 8 de junho. Na data dos fatos, ele convidou a vítima e familiares para passarem o dia em uma fazenda. No local, ele saiu para caçar jacaré em uma área de mata na companhia de Luiz e do irmão dele.Quando retornavam para sede da fazenda, o irmão ia à frente, enquanto Ivan, segurando a mão de Luiz, caminhava mais atrás.

Em dado momento, o suspeito ordenou que Luiz ajoelhasse e rezasse a oração do “Pai Nosso”. Em seguida, continuaram a caminhar e Luiz tentou ir mais rápido, para alcançar o irmão, ocasião em que foi baleado na barriga. Ao perceber o disparo, o irmão correu e pediu ajuda. O assassino alegou que não teve intenção de matar.

O Ministério Público acredita que Ivan cometeu o crime para se vingar da mãe da vítima, por suspeitar que ela foi responsável pela sua prisão por violência doméstica em 2018 (motivo torpe). Além disso, entende que “o denunciando, se utilizando de subterfúgios, atraiu a vítima, para um local ermo, de mata,distante da vista do público, e segurando-a pela mão disparou contra seu abdômen, sem lhe proporcionar qualquer chance de defesa”.

Midiamax

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