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Servidora investigada "entrega" mais 4 e tenta acordo de delação, diz advogado

São nomes de servidores e empresários que Servidores estariam envolvidos no esquema que fraudava licitações.

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(Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Em uma tarde de terça-feira, dia 9, Ana Cláudia Alves Flores, ex-pregoeira e servidora de Sidrolândia, prestou interrogatório no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), localizado no Parque dos Poderes. Durante o interrogatório, Ana revelou os nomes de mais quatro indivíduos envolvidos no esquema de fraude de licitações, numa tentativa de acordo de delação premiada. As informações foram fornecidas pelo advogado dela, David Moura de Olindo.

A Operação Tromper, cuja terceira fase foi executada na semana passada, em 3 de abril, tem como alvo investigar fraudes em várias licitações de Sidrolândia, além do conluio entre empresas reais e de fachada. De acordo com os dados já divulgados, Ana era sócia do empresário Ricardo José Alves Rocamora em uma empresa criada unicamente para simular concorrência em licitações, a Do Carmo, formalizada em nome da mãe de outra servidora do município.

No decorrer do interrogatório, Ana forneceu os nomes de quatro novos envolvidos, entre servidores e empresários, no esquema de fraude de licitações, segundo seu advogado.

David Olindo afirmou que o depoimento de sua cliente "vai dar outro direcionamento à investigação", pois ela apresentou novos fatos ao Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção). "Ela fez algumas declarações diferentes das que estavam no âmbito do processo investigatório, mas não posso fornecer detalhes, pois fazem parte do acordo com o Ministério Público. Não posso adiantar nada", afirmou.

Olindo também ressaltou que sua cliente assumiu sua responsabilidade, esclarecendo de forma clara tudo o que ocorreu. "O primeiro e mais importante pedido é responder ao processo em liberdade. Ela cuida do filho de 6 anos e dos pais idosos. Ela é a provedora da família", acrescentou.

Para ele, Ana Cláudia "deve", mas está disposta a explicar tudo. O advogado ainda defendeu que sua cliente não obteve vantagens financeiras no esquema, pois "qualquer um que faz isso começa a ostentar, basta olhar para a casa dela, onde mora, para ver que ela não fez isso", comentou.

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