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As aberrações velozes e furiosas na legislação e burocracia do carro no Brasil

Destruíram 200 carros para filmar a versão 7 do filme Velozes e Furiosos. A notícia apareceu como uma bomba, uma aberração, um exagero de desperdício para a milionária indústria cinematográfica baseada em Hollywood. 

Aberração verdadeira e permanente existe na legislação e burocracia brasileiras no que diz respeitos aos automóveis. Colocam em risco a integridade dos cidadãos e a mão no seu bolso.

DPVAT - Seguro obrigatório que cobre danos pessoais nos acidentes de trânsito. Todavia, o destino de parte dos bilhões de reais arrecadados anualmente é um mistério. A sigla DPVAT deveria significar: Depois do Pagamento Vem A Trapalhada.

Inspeção Veicular - É uma dupla vergonha. Carros quebrados, caindo aos pedaços e emitindo gases além do limite a circular livremente, colocando em risco a segurança de todos. Também provocam engarrafamento quando comumente quebram nas ruas. Mas, como explicar a cobrança de mais uma taxa para governantes cumprirem suas obrigações? Pagamos IPVA para o que mesmo?

Multa - O carro é vendido mas as multas das infrações cometidas pelo dono anterior são cobradas espertamente de quem o comprou. É uma grande aberração. No Brasil, quem comete a infração é o carro e não o motorista. Vale recordar que o Congresso Nacional até conseguiu reparar esse absurdo, mas o ex-presidente Lula vetou a mudança.

Percentual de álcool - A gasolina já recebe 27% de etanol, promessa eleitoral da Presidenta Dilma, do Aécio e da Marina para agradar os usineiros. Todos irmanados em uma só emoção. Bonito para eles, mas as dúvidas e denúncias não param de aparecer - tanto álcool não enferruja o automóvel?Estão todos satisfeitos? Ledo engano. Os primeiros movimentos dos usineiros estão sendo estudados, vão lutar agora para elevar o percentual para 30%.

Quebra-mola - Você já se deparou com alguma lombada em país do Primeiro Mundo? Nossos quebra-molas, além de atentarem contra a segurança do cidadão e a integridade do automóvel, fogem - quase todos - à regulamentação que determina suas dimensões e locais permitidos.

Recall - As estatísticas mostram que apenas metade dos carros que necessitam de algum recall é levada para o reparo nas concessionárias. O governo impediu a ideia de proibir a venda do automóvel que não fez recall. Consentiu apenas que se registre o fato no documento de venda, mas nunca exigiu o cumprimento da medida. Só faz de conta que se preocupa com a segurança do cidadão. Veja bem, você pode estar comprando um carro perigoso que deveria ter passado por recall.

Extintor suspeito - A injeção substituiu o carburador e acabou no mundo a exigência do extintor no automóvel. No Brasil, ao contrário, exige-se agora o extintor do tipo ABC, mais caro e ainda por cima contra o meio ambiente por não ser descartável. Para piorar o programa Bom Dia Goiás, da Rede Globo, mostrou matéria jornalística em que aparece uma repórter que vai ao Corpo de Bombeiros mostrar, ao vivo, as vantagens do extintor ABC. Ela começa com o extintor AB, o antigo, e não consegue apagar o fogo ateado no estofamento de um carro velho. O heroico bombeiro saca então um extintor ABC, para comprovar sua eficiência. E o que acontece? O incêndio continuou do mesmo jeito. Ridículo e vexaminoso. Mas, vale perguntar: quem vai embolsar enormes fortunas com esse extintor?

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