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Baianas Simone & Simaria emocionam público na abertura do Réveillon de Salvador

"Eu amo essa cidade desde que me conheço por gente. A Bahia é muito respeitada lá fora", disse Simaria

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Divulgação

No meio daquela multidão gigantesca era impossível não perceber Rebeca. Franzina, espremida na grade que separa o palco da platéia, era a quem mais chorava. Um choro de fã incrédulo pela proximidade do ídolo. Se é possível definir em poucas palavras o show de ontem de Simone & Simaria, podemos dizer que foi o mais emocionante da noite na abertura do Réveillon de Salvador que segue com shows até dia 1º de janeiro.

Uma multidão de Rebecas levantava cartazes e gritava desesperadamente pedindo as principais músicas da dupla de forró / sertanejo. Os fãs só ficaram mais mais tranquilos depois que, por volta das 2h, as coleguinhas soltaram Meu Violão e Nosso Cachorro, maior hit das irmãs. "É inexplicável. Amo elas demais", disse Rebeca Neri, 18 anos, quase sem conseguir falar.

Antes, as coleguinhas cantaram Quando o Mel é Bom, que abriu o show, e tiveram que esperar paradas por cerca de 20 minutos devido a um problema no som. Aliás, paradas não. Sempre bem humoradas, Simone e Simaria aproveitaram para contar causos para o público e até cantaram sem instrumentos, enquanto o público não parava de jogar presentes para o palco.

"Eu amo essa cidade desde que me conheço por gente. A Bahia é muito respeitada lá fora. Todo mundo que a gente fala que é baiana não acredita. Eles falam: 'caramba'!", disse Simaria. Algumas pessoas não sabem, mas as coleguinhas nasceram em uma cidade chamada Uibaí, no noroeste da Bahia, micro-região de Irecê. Mas, no sotaque, em vez do "oxente", elas usam o "Pô, meu". "Meu, esse Réveillon de vocês tá gigantesco demais. Muitas atrações de peso, Jesus do céu ", disse Simaria, que junto com a irmã vai tocar em vários camarotes do Carnaval de Salvador.

Noite de encontros e sucessos

Quando Anitta, a maior atração da noite, deixou o palco do Réveillon de Salvador, os 250 mil fãs presentes na Praça Cayru, claro, lamentaram bastante. Mal sabiam que o melhor ainda estava por vir. A atração seguinte, Cláudia Leitte, chamou a funkeira de volta para uma participação especialíssima.

Depois de cantarem juntas a lenta Bola de Sabão, Claudinha fez Anitta quebrar no palco. Aliás, quebrar não. Segurar o Tchan! “Segura o tchan, amarra o tchan”, dançaram. Claudinha emendou outros três hits do pagode baiano para Anitta se remexer como nenhum funk consegue ela fazer.

Cláudia fez um show de repertório variadíssimo. Tocou de Dyer Maker, do Led Zapelin, a Is This Love, de Bob Marley, passando por Edson Gomes. “Sou camelô, sou do mercado informal... (...) Quando a ‘Justiça’ cai em cima de mim, até parece que sou fera”, cantou Claudinha, mudando uma palavra chave do refrão, que diz: “Quando a ‘polícia’”.

Uma clara crítica à Justiça, acionada pelo Ministério da Cultura para que ela devolvesse R$1,2 milhão da Lei Rouanet. Perguntada sobre a questão na entrevista coletiva antes do show, Claudinha se negou a falar a respeito do assunto. “A minha assessoria está presente para tirar qualquer dúvida”.

Claudinha tava mesmo afim de extravasar no palco. Abriu em castelhano com Corazón e emendou com a própria Extravasa. Depois, seguiu com hits como Paz, Carnaval, Futebol. Mas também teve discurso. “Senhoras e senhores, esta é a minha casa. Estou muito feliz de esse evento ter crescido. Esse Réveillon mostra que nós não somos apenas agentes do entretenimento, mas também de geração de emprego e renda”.

Se Cláudia apostou nos hits, dela e dos outros, Bel fez o mesmo. Claro, não foi só o “Bel das Antigas”, como se chama um dos seus projetos. “Hoje vai ser uma trilogia: Bel das Antigas, o Fênix, que é meu novo disco, e algumas inéditas. Vou misturar”. Mas Bel sabe que não dá para fugir totalmente do seu passado. Tanto que começou largando logo Selva Branca, Chicleteiro Eu e Diga que Valeu. O primeiro dia da maratona de shows foi fechado pelo grupo É o Tchan, que tocou até o sol raiar.

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