Buscar

Hoje os bandidos não têm mais medo da polícia, diz Adib

Coronel PM da Reserva, Adib Massad (Foto: Hédio Fazan)

Na última semana, o coronel PM da Reserva, Adib Massad, deu entrevista ao jornal “O Progresso” ao passear em Dourados, cidade teve uma trajetória marcada pelo êxito no combate à violência quando o antigo GOF (Grupo de Operações de Fronteira). 

Na época, final da década de 80 e início da década de 90, os índices de violência caíram drasticamente, quase à zero. “Hoje, bandido não tem mais medo da polícia. Naquele tempo quem não tinha medo, tinha pelo menos mais respeito, hoje as coisas mudaram muito, o policial não pode nem mesmo olhar feio para um bandido”, lamentou o coronel, que atuou durante trinta anos na Polícia Militar e, após ter entrado para a Reserva, exerceu o comando do GOF por cerca de seis anos.

Relembrando a época de quando trabalhou em Dourados como comandante do GOF, coronel Adib Massad revelou de que maneira escolhia os homens que iriam trabalhar com ele e a atribuição era exclusiva do comandante. “Cabia somente a mim, como comandante, escolher os policiais que trabalhariam comigo e somente a escolha dos soldados e dos cabos eu deixava por conta dos sargentos, mas dentro dos critérios que eu passava e quem eles escolhiam dependia da minha aprovação, mas sempre que eu era convocado para uma missão já ia logo avisando para meus superiores: meus soldados têm que ganhar bem, se não for assim, nem assumo compromisso”, lembra o Coronel.

Na época, para trabalhar com o coronel Adib era necessário preencher dois requisitos: “Ter coragem e ser honesto, mas em compensação eu exigia que os meus policiais fossem bem remunerados, eles ganhavam a melhor diária, mas não tinham hora para trabalhar e executavam com lealdade as minhas ordens e tudo que conquistei devo a eles.

Às vezes as pessoas falam: ‘o coronel Adib deixou saudade em Dourados pelo seu trabalho no GOF’. Mas sempre lembro com emoção de que o trabalho não foi só meu, todos estes méritos são também dos meus comandados, eu divido todos os méritos com eles”, disse o coronel, que no dia 22 de abril completa 86 anos de idade e ainda se mantém forte e saudável”.

Na época em que o coronel Adib Massad veio para trabalhar em Dourados o crime que mais preocupava era o latrocínio, cometido principalmente contra taxistas, além dos roubos a fazendas e crimes de abigeato. “O nosso forte era combater esses crimes, o tráfico de drogas era consequência dos crimes que a gente desvendava, tinha muito roubo de caminhão, tinha muita crueldade de bandidos contra pessoas inocentes que trabalhavam honestamente para garantir o sustento de suas famílias”, encerrou o coronel.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.