Dep Gerson Claro articula e faz dois vereadores pedirem licença de 4 meses na Câmara de Sidrolândia

Os bastidores da política sidrolandense foram surpreendidos na tarde de ontem (27), por uma manobra do Deputado Estadual Gerson Claro Dino do Partido Progressista (PP).

Gerson orientou os vereadores Edno Ribas e Kennedi Forgiarine a pedirem licença de quatro meses para o ingresso de seus suplentes, com a intensão de atraí-los para o PP, partido do Deputado. Assim Gerson terá, para as eleições municipais, dois vereadores suplentes ocupando cadeiras no legislativo e mais dois licenciados.

O eventual ocupante da cadeira de Kennedi Forgiarine, que se licenciou alegando “assuntos pessoais”, seria Jová Antunes, que alcançou 247 votos nas últimas eleições, mas esse se encontra preso, acusado de envolvimento com tráfico de drogas, assim sendo, o Presidente da Câmara, Carlos Henrique, solicitou a procuradora jurídica da casa, Drª Camila Zaidan, uma consulta, sobre o caso, junto ao Ministério Público, para saber da legalidade do segundo suplente assumir. O postulante a cadeira é o humorista “Ricardo Alves”, conhecido pela Alcunha de “Corneta”, que obteve nas eleições de 2016 pouco mais de 200 votos.

Já no Caso do Vereador Edno Ribas, que sempre foi fiel escudeiro de Gerson Claro, desde quando o Deputado ainda era somente professor em Sidrolândia, o suplente é Juscelino Pereira, que tem base política no Distrito do Quebra Coco e que também tem boa “relação de amizade” com o outro vereador licenciado, Kennedi Forgiarini. Uma das irmãs de Juscelino, suplente de Edno Ribas, a pouco tempo passou a trabalhar no escritório de advocacia de Kennedi.

Mas a dura batalha para os vereadores e seus suplentes, é carregar a forte rejeição do articulador Gerson Claro, pois a pouco tempo esse teve manchada sua carreira política, ao ser preso pelo GAECO, durante a Operação Antivírus, deflagrada em agosto de 2017.

Gerson é réu, com outras 17 pessoas, em processo de corrupção no período em que esteve à frente do Detran-MS.

O atual líder do Governo na Assembleia é defensor do aumento da alíquota do ICMS da gasolina e também foi um dos Deputados Estaduais que votaram a favor do Projeto de Lei Complementar 9/2019, que reduz o salário dos professores convocados e alonga o reajuste dos concursados de 2022 para 2025.